terça-feira, 18 de setembro de 2012

Falta.

Agora , eu sinto como se cada degrau que eu subo para entrar em casa fosse correspondente á proximidade do vazio, da saudade, da falta que as tuas palavras me fazem...
Tirar o seu moletom velho e já bem sujo de cima da cama e colocar ele enfim no guarda roupa junto com '' as coisas que não uso'' não afasta as tuas/nossas lembranças dos demais sentidos.
É vazio que não se acaba, e não porque eu nunca estive tão só, mas porque eu nunca havia recebido tanta presença.
Não sei se me consola ou piora a situação.. Talvez fosse melhor ter seguido a vida com os mesmos velhos erros, iria doer bem menos do que esta ferida aberta e exposta que tenho agora, a dor dela grita comigo toda hora, eu ando feito louca na rua, discutindo com minha razão, '' Eu preciso dele sim!''.
Eu queria ter te aproveitado mais, usufruído melhor do tempo em que você era o cara perfeito, porque você foi, mesmo que de mentira. Cada dia do teu lado, foi absurdamente feliz, eu estava completa como nunca estive antes, com todos os encaixes em perfeita simetria, era inumano, esse é o problema, tanta felicidade assim não deve fazer parte dos ''direitos humanos''  (com certeza não faz) .
Será que vai demorar a passar?
Será que muitos iguais a ele ainda vão passar? Eu espero que não...

Um comentário:

Luizfst disse...

Pois mais dolorido que sejam as perdas (e a falta) elas são necessárias. É melhor ter vivido algo, mesmo que por curto tempo, e perder depois do que nunca ter sentido isso antes. E essa falta nunca será preenchida completamente, um dia ela sempre volta! Bom ver vocês escrevendo de novo, irei acompanhar.